sábado, 31 de julho de 2021

Dione juno (Cramer, 1779)


Dione juno (denominada, em inglêsJuno Longwing; em seu estágio larvar, em portuguêsLagarta-preta-do-maracujá[5] ou, adultoBorboleta-do-maracujá) é uma espécie de borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae, nativa do México até o Paraguai. Foi classificada por Cramer, com a denominação de Papilio juno, em 1779. Suas lagartas são consideradas praga de algumas espécies de Passiflora.

Descrição

Indivíduos desta espécie possuem as asas moderadamente longas e estreitas, com envergadura de até 90 milímetros, e são de coloração laranja mais ou menos claro, vistos por cima, com faixa amarronzada, mais ou menos pronunciada, cruzando a parte superior das asas anteriores e outra bem menor, formando uma reentrância logo abaixo e na área frontal da asa.[9][7] Vistos por baixo, sua principal característica é padrão de manchas em prata que resplandecem na luz, principalmente nas asas posteriores.

Hábitos

Segundo Adrian Hoskins, esta espécie, como outras do gênero Dione, pode ser encontrada em muitos habitats e em qualquer altitude até 2.000 metros, sendo mais comuns em florestas com perturbação antrópica entre 200 e 800 metros; normalmente em áreas ensolaradas, como margens de riosencostas rochosas ou beiras de estradas. Se alimentam de substâncias mineralizadas do solo e de substâncias retiradas de flores como a Lantana camara.

Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento

lagarta de Dione juno causa danos severos às plantas de Passiflora (Maracujá). Em infestações severas, o dano torna-se muito intenso, podendo ocorrer desfolha total das plantas de maracujá. Dentre as espécies de Passiflora consumidas por suas lagartas, as menos afetadas são P. alata e P. foetida. Os ovos de Dinone juno, inicialmente de coloração amarela, são colocados em grupos de 70 a 140 indivíduos. As suas lagartas, ao eclodirem, passam por quatro cinco estágios no período de 19 a 27 dias até se tornarem indivíduos gregários, em seu último estágio larvar, de coloração marrom-escura, com pequenas manchas amarelas em tons escuros. A crisálida é cinzenta em sua coloração.

Subespécies

D. juno possui cinco subespécies:

  • Dione juno juno - Descrita por Cramer em 1779, de exemplar proveniente do Suriname.
  • Dione juno andicola - Descrita por Bates em 1864, de exemplar proveniente do Equador.
  • Dione juno huascuma - Descrita por Reakirt em 1866, de exemplar proveniente do México.
  • Dione juno miraculosa - Descrita por Hering em 1926, de exemplar proveniente do Peru.
  • Dione juno suffumata - Descrita por Brown & Mielke em 1972, de exemplar proveniente do Paraguai.

Diferenciação entre espécies

As borboletas Dione juno podem ser confundidas com duas outras espécies da mesma subfamília. Diferem de Dryas iulia pela menor envergadura e pela distribuição das manchas alares, em cima; além desta espécie citada não apresentar manchas em prata, em baixo. Diferem de Agraulis vanillae pelas manchas escuras das asas, em cima e em baixo.


Fonte: Dione juno – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

 

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